Arte na Idade Moderna (c. 1350-1850)
A Idade Moderna inicia no renascimento, período de grande esplendor cultural na Europa. A religião deu lugar a uma concepção científica do homem e do universo, no sistema do humanismo. As novas descobertas geográficas levaram a civilização europeia a se expandir para todos os continentes, e através da invenção da imprensa a cultura se universalizou. Sua arte foi inspirada basicamente na arte clássica greco-romana e na observação científica da natureza.
Entre seus expoentes, estão Filippo Brunelleschi, Leon Battista Alberti, Bramante, Donatello, Leonardo da Vinci, Dante Alighieri, Petrarca, Rafael, Dürer, Palestrina e Lassus. Sua continuação produziu o Maneirismo, com a emergência de um maior individualismo e um senso de drama e extravagância, proliferando em inúmeras escolas regionais. Também foi importante nesta fase a disputa entre protestantes e católicos contrarreformistas, com repercussões na arte sacra. Shakespeare, Cervantes, Camões, Andrea Palladio, Parmigianino, Monteverdi, El Greco e Michelangelo são alguns de seus representantes mais notórios. No período barroco, fortaleceram-se os Estados nacionais, dando origem ao absolutismo. Como reflexo disso, a arte se torna suntuosa e grandiloquente, privilegiando os contrastes acentuados, o senso de drama e o movimento. Firmam-se grandes escolas em vários países, como na Itália, França, Espanha e Alemanha. São nomes fundamentais do período Góngora, Vieira, Molière, Donne, Bernini, Bach, Haendel, Lully, Pozzo, Borromini, Caravaggio, Rubens, Poussin, Lorrain, Rembrandt, Ribera, Zurbarán, Velázquez, entre uma multidão de outros.
Sua sequência foi o rococó, surgido a partir de meados do século XVIII, com formas mais leves e elegantes, privilegiando o decorativismo, a sofisticação aristocrática e a sensibilidade individual. Ao mesmo tempo, se firmava uma corrente iluminista, pregando o primado da razão e um retorno à natureza. Foram importantes, por exemplo, Voltaire, Jean-Jacques Rousseau, Carl Philipp Emanuel Bach, Jean-Antoine Houdon, Antoine Watteau, Jean-Honoré Fragonard, Joshua Reynolds e Thomas Gainsborough. No final do século, emergem duas correntes opostas: o romantismo e o neoclassicismo, que dominarão até meados do século XIX, às vezes em sínteses ecléticas, como na obra de Goethe.
O romantismo enfatizava a experiência individual do artista, com obras arrebatadas, visionárias e dramáticas, enquanto que o neoclassicismo recuperava o ideal equilibrado do classicismo e impunha uma função social moralizante e política para a arte. Na primeira corrente, podem ser destacados Victor Hugo, Byron, Eugène Delacroix, Francisco de Goya, Frédéric Chopin, Ludwig van Beethoven, William Turner, Richard Wagner, William Blake, Albert Bierstadt e Caspar David Friedrich, e, na segunda, Jacques-Louis David, Mozart, Haydn e Antonio Canova
Arte contemporânea (c. 1850-atualidade)
Entre meados do século XIX e o início do século XX, se lançaram as bases da sociedade contemporânea, marcada no terreno político pelo fim do absolutismo e a instauração dos governos democráticos. No campo econômico, marcaram, esta fase, a Revolução Industrial e a consolidação do capitalismo, que tiveram respostas nas doutrinas de esquerda como o marxismo, e na luta de classes. Na arte, o que tipifica o período é a multiplicação de correntes grandemente diferenciadas. Até o fim do século XIX, surgiram, por exemplo, o realismo, o impressionismo, o simbolismo e o pós-impressionismo.
O século XX se caracterizou por uma forte ênfase no questionamento das antigas bases da arte, propondo-se a criar um novo paradigma de cultura e sociedade e derrubar tudo o que fosse tradição. Até meados do século, as vanguardas foram enfeixadas no rótulo de modernistas, e desde então elas se sucedem cada vez com maior rapidez, chegando aos dias de hoje a um estado de total pulverização dos estilos e estéticas, que convivem, dialogam, se influenciam e se enfrentam mutuamente. Também surgiu uma tendência de solicitar a participação do público no processo de criação, e incorporar, ao domínio artístico, uma variedade de temas, estilos, práticas e tecnologias antes desconhecidas ou excluídas. Entre as inúmeras tendências do século XX, podemos citar: art nouveau, fauvismo, pontilhismo, abstracionismo, expressionismo, realismo socialista, cubismo, futurismo, dadaísmo, surrealismo, funcionalismo, construtivismo, informalismo, arte pop, neorrealismo, artes de ação (performance, happening, fluxus, instalação), op art, videoarte, minimalismo, arte conceitual, fotorrealismo, land art, arte povera, body art, arte pós-moderna, transvanguarda, neoexpressionismo, hiper-realismo
Arte da Idade Moderna é o período da história da arte que corresponde à Idade Moderna, não devendo se confundir com o conceito de arte moderna, pois esta última corresponde a determinadas manifestações da arte contemporânea.
Descrição
O período cronológico da Idade Moderna situa-se entre os séculos XV e XVIII (com diferentes acontecimentos marcantes, como o desenvolvimento da imprensa, a descoberta da América, as revoluções francesa e industrial) e a transição do feudalismo para o capitalismo.
Durante esse período, os europeus estenderam-se principalmente pela América e espaços oceânicos. Com o tempo, estes processos terminaram por fazer dominante a civilização ocidental, e com isso determinaram a imposição dos modelos próprios da arte ocidental, concretamente da arte europeia ocidental, que desde a Renascença italiana se identificou com um ideal estético formado a partir da reelaboração dos elementos recuperados da arte e cultura clássicas, ainda que submetidos a uma sucessão pendular de movimentos artísticos (Renascimento, Alta Renascença, Maneirismo, Barroco, Rococó, Neoclassicismo e Romantismo) que ora optavam por uma maior liberdade artística, ora por uma maior submissão às regras da arte acadêmica, denominada de Academicismo. A função social do artista começou a superar a do mero artesão para se converter numa personalidade individualista, que se destacava na corte, ou numa figura de sucesso no mercado livre de arte.
Nos demais âmbitos da cultura, a modernidade aplicada à arte significou uma progressiva secularização (separação entre Estado e religião), que chegou a seu ponto culminante com o iluminismo, ainda que a arte religiosa continuou sendo uma das mais apreciadas, porém bem menos do que a presença que tinha tido na arte da Idade Média.
Fonte: Wikipédia
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