Em uma clareira banhada pela luz dourada do entardecer, Jesus está sentado ao pé de uma árvore frondosa, cujos ramos se curvam graciosamente, adornados por flores brancas tão puras quanto a neve. As pétalas caem suavemente, dançando no ar como bênçãos silenciosas, e um perfume suave mistura-se à brisa tranquila.
Aos Seus pés, um cervo jovem e delicado aproxima-se, seus olhos escuros refletindo uma confiança serena. Jesus segura na palma da mão um punhado de frutas silvestres, oferecendo-as com um sorriso terno. O animal come calmamente, enquanto Ele acaricia sua pelagem macia, como um pastor que conhece cada uma de Suas ovelhas.
Ao redor, a natureza parece conter a respiração — pássaros pousam nos galhos baixos, borboletas repousam nas flores, e até o riacho próximo murmura mais baixo, como se reverenciasse aquele momento sagrado. Não há pressa, nem medo; apenas a harmonia perfeita entre o Criador e a criatura, um vislumbre do Éden restaurado.
"Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei" (Mateus 11:28) — a cena parece ecoar Suas palavras, não em voz audível, mas no linguajar universal da paz que emana d’Ele. O cervo, símbolo da alma sedenta, é ali saciado não apenas pelo alimento, mas pela presença d’Aquele que é a fonte de toda vida.
E assim, sob a árvore florida, o Salvador e o cervo compartilham um instante de graça simples, uma lembrança de que até os menores da criação são conhecidos e amados por Deus.
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