Quando se quer pintar, não tem quem segura. Aqui uma pintura com tintas de serigrafia. Essas tinas possuem cores vibrantes e com elas podemos fazer pinturas belíssimas.
As tintas à base de água sempre secam rapidamente e por essa razão temos que ser rápidos para mesclar os tons na tela ou então pintar por camadas, ir sobrepondo as camadas sempre uma em cima da outra já seca. Mas sempre ficamos ansiosos para terminar e, com a falta de paciência de esperar secar uma cama, geralmente nos precipitamos e, com isso, muitas vezes danificamos a pintura ou complicamos, finalizando de uma forma pior do que se fôssemos cautelosos e pacientes.
Para resolver esse problema, o truque é ter em mãos um secador de cabelos e sempre que pintarmos uma camada já ir secando para aplicar logo a próxima. Mas mesmo assim, muitas queremos mesclar os tons, e se for fazer isso com a tinta molhada, então que seja rápido para conseguir o efeito desejado antes que seque. A outra vantagem das tintas a base de água é que geralmente não têm cheiro forte ou desagradável e também é fácil de limpar se formos rápidos, e ainda economizamos dinheiro, pois não precisa de solventes.
Veja mais informações sobre pintura com tintas de serigrafia
"A Alquimia das Cores em Movimento: A Serigrafia Sobre Tela"
A serigrafia, técnica vibrante e cheia de possibilidades, invade a tela não como invasora, mas como dançarina—cada cor é uma pisada no pano, cada camada, um passo coreografado.
A Magia do Processo
1. A Tela como Território Livre
- Diferente do papel ou tecido, a tela absorve a tinta de serigrafia com uma textura única. A trama do linho ou algodão segura a cor, mas não a doma—deixa-a respirar, criando profundidade.
2. Camadas como Versos de um Poema
- Cada passagem de tinta (puxada pela raclete através da matriz) é uma estrofe. Cores sobrepostas não se escondem; conversam. O amarelo que beija o azul vira verde só onde o artista permite.
3. A Força do Gestual
- Dá para brincar com pincéis ou espátulas *por cima* da estampa, misturando o controle da serigrafia com a loucura livre da pintura. A tinta gruda, escorre, se transforma—como ondas batendo nas mesmas rochas, sempre iguais, sempre diferentes.
O Encanto do Acidente
A serigrafia é técnica, mas na tela, os "erros" viram assinaturas:
- Um borrão que vira sombra,
- Um vazado que vira luz,
- A textura da tela interferindo no traço, como se o próprio material sussurrasse: "Deixa-me participar".
Artistas que Dançam Nesse Limiar
- Andy Warhol (claro!) trouxe a serigrafia para a tela com suas Marilyn Monroes—repetição que vira mito.
- Robert Rauschenberg misturava fotografia, tinta e serigrafia em telas que parecem sonhos colados.
- A contemporaneidade vê artistas urbanos como **Shepard Fairey**, que usa a técnica para dialogar entre o gráfico e o pictórico.
Por Que Experimentar?
Porque a tela aceita a serigrafia, mas não se entrega totalmente. Ela resiste, modifica, devolve a tinta com novas histórias. É como amar alguém que não repete um "eu te amo" do mesmo jeito—sempre surpreendendo.
Pinte. Estampe. Deixe que a tela guarde não só imagens,
mas o **ritmo das suas mãos**
o momento em que a técnica e o acaso
se beijaram sem perguntar quem começou.
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