Aula para iniciantes de pintura em telas ministrada por Valdilene Prazeres. Com sua simpatia e humildade, ela passa, com todo carinho, seus conhecimentos também na pintura em telas.
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Harmonia e Contraste: Uma Natureza Morta em Azul e Tons Terrosos
Nesta natureza morta, o olhar é imediatamente atraído por um objeto de proporções generosas e de um azul profundo. Pode ser um vaso de cerâmica com um esmalte intenso, uma jarra de vidro lapidado que capta e reflete a luz com seus próprios tons frios, ou talvez um tecido drapeado de cor vibrante que serve de pano de fundo ou base para a composição. Seja qual for sua forma exata, esse elemento azul domina a cena com sua presença calma e seu matiz que evoca tranquilidade, mistério ou a vastidão do céu e do mar.
Contrastando com a serenidade do azul, pimentões de diversas cores – vermelhos vibrantes, amarelos solares, verdes intensos e talvez até laranjas ou roxos – estão dispostos sobre a mesa. Suas formas orgânicas e curvilíneas se contrapõem à estrutura do objeto azul maior. As texturas variam: a pele lisa e brilhante de alguns, a superfície talvez um pouco enrugada de outros. Juntos, eles criam um jogo visual de cores e formas que é ao mesmo tempo estimulante e equilibrado.
A disposição cuidadosa desses elementos sobre a mesa – a forma como a luz incide, criando sombras e realçando volumes; a interação entre as cores quentes e picantes dos pimentões e o frescor do azul; o espaço entre os objetos – tudo contribui para a narrativa silenciosa da pintura. Uma natureza morta não é apenas a representação de objetos inanimados; é um estudo de forma, cor, luz e textura, e muitas vezes, um convite à reflexão sobre o cotidiano, a abundância da natureza e a beleza encontrada nas coisas simples.
Os pimentões, em particular, podem adicionar um toque de vitalidade e até mesmo um leve calor à composição, quebrando a possível frieza do azul dominante. Eles representam o sabor, a colheita, a vida que brota da terra. A presença do objeto azul maior serve como um ponto de ancoragem visual, uma base estável contra a qual a energia mais efervescente dos pimentões se manifesta.
Contemplar essa natureza morta é apreciar a beleza que surge do contraste e da harmonia. É ver como cores e formas distintas podem coexistir em equilíbrio, criando uma composição visualmente rica e instigante. É um lembrete de como a arte pode transformar elementos comuns em algo extraordinário, convidando-nos a pausar e encontrar beleza na simplicidade e na interação dos objetos em nosso próprio mundo.
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