Uma vídeo aula feita ao vivo no Youtube ensinando pintar uma praia deserta, pedras e palmeiras. Um lindo pôr do sol numa praia deserta.
Esse primeiro vídeo foi transmitido ao vivo e o segundo foi gravado.
Esse vídeo abaixo são os acabamentos finais, vídeo gravado com som de praia e gaivotas de fundo sonoro.
Abaixo a imagem da tela pronta e o risco para auxiliar.
O Abraço do Mar
A tela respira o crepúsculo. O céu, uma tinta diluída de *âmbar, púrpura e azul-marinho*, derrete-se no horizonte, onde o sol — agora um disco rubro — beija a linha do mar, deixando atrás de si um rastro de luz líquida. O oceano, em camadas de **índigo e ouro-batido**, quebra-se em fios de espuma branca que se desfazem sobre a areia úmida, espelhando o céu como vidro fumê.
À esquerda, **pedras negras e arredondadas** — velhas sentinelas erodidas pela maré — emergem da praia, suas superfícies lustrosas pelo sal refletindo tons de **rosa e laranja**. Entre elas, poças d’água capturam o céu em miniatura, enquanto caranguejos invisíveis traçam caminhos efêmeros na areia.
À direita, *coqueiros solitários* inclinam-se sob o vento, suas folhas em leque espetadas contra o céu como pinceladas de *verde-esmeralda e sombra queimada*. Um deles perdeu um coco, que jaz na areia, meio enterrado, testemunha silenciosa do dia que se vai.
E lá, no centro da composição, a *embarcação aproxima-se*. É um barco de pesca modesto, com velas de um *branco-amarelado* pelo tempo, manchadas de alcatrão e memória. O casco, em *azul-desbotado*, corta a água calma, deixando um rastro de prata derretida. A figura do pescador é apenas uma silhueta — um contorno de tinta preta contra o brilho do ocaso —, mas adivinha-se seu olhar ansioso para a praia, para casa.
Nos detalhes:
- A *textura do óleo* pode capturar a espuma do mar com empasto, enquanto o céu seria velado, quase translúcido;
- As *pedras* ganhariam vida com camadas de sombra e brilho (um toque de branco-titânio nas bordas para o efeito de molhado);
- O barco, em pinceladas soltas, pareceria mover-se se o observador piscasse.
E por fim, a areia — não dourada, mas *acobreada*, mesclada com conchas minúsculas e sombras alongadas —, convidando o espectador a pisar naquele instante fugidio, onde o dia se despede e o barco volta, lento, para a margem.
Essa cena pede uma moldura de madeira envelhecida, não acha?
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