O Casebre que Guarda o Horizonte
No alto da montanha, onde o vento sussurra segredos antigos e as árvores dançam ao ritmo da natureza, há um casebre humilde. Suas telhas, gastas pelo tempo, contam histórias de chuvas e tempestades superadas. As paredes, marcadas pelos anos, testemunharam silêncios e risadas, solidão e aconchego.
Mas quem olha além da simplicidade dessa morada vê o verdadeiro tesouro que ela guarda: um horizonte infinito, tingido de azul celeste, onde montanhas imponentes se erguem como guardiãs do vale. Aqui, o sol nasce dourado sobre as colinas e se despede em tons de fogo, pintando o céu de despedidas efêmeras e promessas de um novo dia.
Este lugar não é feito de tijolos ou madeira, mas de sonhos e contemplação. Ele prova que a vida não se mede pelo luxo das paredes, mas pela grandeza da vista que se tem pela janela. Que às vezes, o mais belo refúgio não está na riqueza da construção, mas na riqueza da paisagem que a envolve.
E assim, o casebre segue firme, não como um símbolo de pobreza, mas como um lembrete de que a verdadeira abundância está em viver onde a alma se enche de paz, onde os olhos se perdem no infinito e o coração aprende a bater no ritmo da natureza.
Porque, no fim, não são as telhas que fazem um lar, mas os horizontes que ele nos permite enxergar.
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