Uma paisagem simples para que todos possam pintar com sucesso. Dicas preciosas para quem está iniciando na pintura de paisagem.
A Árvore Solitária na Estradinha de Terra
Na beira de uma estradinha de terra, onde o pó vermelho do sertão se mistura com o vento, ergue-se uma árvore solitária. Seu tronco retorcido conta histórias de tempestades que quase a derrubaram, mas suas raízes, cravadas fundo no solo, resistiram.
Ninguém sabe ao certo como ela foi parar ali. Talvez um pássaro tenha deixado cair uma semente, ou um viajante, em descanso, tenha cravado seu cajado na terra, e dele brotou vida. Seus galhos se estendem como braços cansados, oferecendo sombra escassa, mas preciosa, para quem passa sob o sol inclemente.
Os poucos que por ali transitam — boiadeiros, motoqueiros audazes, crianças a caminho da escola rural — param às vezes para respirar à sua sombra. Alguns deixam marcas: iniciais entalhadas na casca, um pedaço de tecido amarrado no galho mais baixo como promessa. A árvore guarda esses segredos em silêncio.
Quando a noite cai e a estrada fica deserta, ela fica ali, enfeitada apenas pelo canto dos grilos e pelo brilho das estrelas. Uma sentinela muda, testemunha de passos apressados, de histórias não contadas, da poeira que vai e vem com o tempo.
E assim segue, solitária, mas nunca realmente sozinha.
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